sexta-feira, 14 de maio de 2010

A diferença entre a Psiquiatria, a Psicoterapia e a Psicanálise

Por Verônica Roger

CRP 05/20049

O termo “psi”, muito utilizado pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista. De certa forma, esta confusão acontece, porque muitas vezes alguns profissionais fazem coisas diferentes sob o título de psicoterapia. Mas, qual a diferença, então?

Quando falamos em médico psiquiatra, estamos falando de um profissional da medicina, que após ter concluído a sua formação, optou pela especialização em psiquiatria, tendo por objetivo tratar do psiquismo das pessoas, ou seja, das doenças mentais.

No tratamento psiquiátrico, o médico parte de um princípio geral (o que se entende que seja, por exemplo, o conceito-padrão em saúde), e a partir deste princípio ele pode avaliar a que distância uma pessoa está ou não do padrão de normalidade. Além dos recursos psicoterapêuticos, também podem ser utilizados recursos farmacológicos, na tentativa de adequar o paciente a este ponto pré-estabelecido, dado como padrão de normalidade.

O psicólogo é uma pessoa que tem formação em Psicologia. O curso tem duração de 5 anos e após este período, o profissional pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar e social, entre outras. A Psicologia atua tentando entender o comportamento humano.

O método psicanalítico pode ser diferenciado das especialidades anteriores da seguinte maneira: O psicanalista busca comprometer o sujeito no seu sofrimento. Ou seja, o tratamento baseia-se no pressuposto que a pessoa só pode mudar alguma coisa em sua vida, se ela se der conta da sua participação naquilo de que se queixa.

O psicanalista não dirige o paciente, mas o tratamento. Ele se coloca na posição de querer saber do sujeito o que o próprio sujeito já sabe sobre si mesmo, sem mesmo dar-se conta de que sabe, não permitindo que o sujeito desista de si mesmo.

Assim, através de uma escuta diferenciada, as potencialidades de conquista são amplificadas, possibilitando que as experiências de vida tenham cada vez mais sentido para cada um.

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