Por Verônica Roger
CRP 05/20049
CRP 05/20049
O transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), caracteriza-se por um quadro que, em psicopatologia, apresenta uma sintomatologia bastante clara e evidente. Os sintomas do TOC envolvem alterações de comportamento: mania de limpeza, abrir e fechar uma porta de forma repetitiva, não pisar em quadrados, conferir, contar ou reordenar minuciosamente objetos, etc; alterações do pensamento: idéias rígidas e persistentes de conteúdo sexual, de morte, de contaminação, de doenças, etc.; e alterações das emoções: depressão, raiva, dificuldades sexuais, perturbações da percepção.
Provavelmente, concorrem vários fatores para o seu aparecimento. Do ponto de vista biológico, existiria alguma conexão entre o TOC e aspectos genéticos. Do ponto de vista psicanalítico, crê-se que este transtorno pode se originar de uma dinâmica familiar infantil rígida ou estressante. Na verdade, não há nada de conclusivo em relação ao que leva um sujeito a desenvolver estes sintomas e outros, não.
Geralmente, o TOC é identificado pelo próprio paciente, pelo mal-estar que as formas ritualísticas de agir e o comportamento metódico provocam. No entanto, como a própria pessoa reconhece que seus pensamentos ou atos não possuem sentido, ela procura disfarçar tais manifestações, evitando falar sobre o assunto ou relutando em procurar auxílio profissional. Sendo assim, o TOC pode avançar de modo quase que imperceptível para as pessoas que convivem com quem apresenta este quadro.
Em geral, os sintomas evoluem com períodos de melhora e piora, até um determinado ponto em que se tornam insuportáveis para o paciente, fazendo com que este acabe por procurar ajuda especializada.
O tratamento psicanalítico possibilita a diminuição do comportamento obsessivo compulsivo. Dependendo da gravidade dos sintomas, o tratamento medicamentoso é também recomendável, já que a associação dessas intervenções tem se mostrado eficaz no controle da depressão e da ansiedade, que inevitavelmente surgem nestes tipos de paciente.
Vale lembrar que quanto mais cedo se procura ajuda profissional, maiores são as possibilidades do paciente seguir com uma vida satisfatória e mais promissor será o prognóstico.
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